sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Psicogênese da Língua Escrita

                                                         




No texto da autoria de Onaide Mendonça, com base na Psicogênese da língua escrita, de Emília Ferreiro e Ana Teberosky, trata-se de aspectos linguísticos relacionados à alfabetização. Discute a aplicação dessa teoria com suas contribuições. O texto evidencia formulação de hipóteses a respeito da língua, percorrendo um caminho que pode ser representado nos níveis pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. Essa construção demonstra a descoberta de que a palavra escrita representa a palavra falada, através da divisão da palavra em sílabas e apresentação de suas famílias silábicas, com a utilização de ficha de descoberta, assim fazer a junção das sílabas para formar novas palavras, levando o alfabetizando a entender o processo de composição e os significados das palavras, por meio da leitura e da escrita. Outro importante aspecto evidenciado no texto é o processo da fonetização da escrita, quando aparecem suas atribuições de sonorização, iniciado pelo período silábico e terminando no alfabético. Assim, a escrita é uma construção real como sistema de representação que a humanidade já possui, pois segundo o texto, a leitura do mundo precede a leitura da palavra, como o texto mesmo menciona, apropriando-se da fala de Paulo Freire: “a posterior leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele. Linguagem e realidade se prendem dinamicamente”. A compreensão do texto a ser alcançada por sua leitura crítica implica a percepção das relações entre o texto e o contexto (FREIRE, 1989, p. 11-12). Portanto, se o processo de alfabetização, qualquer que seja sua metodologia ou proposta, exclui os passos da “codificação” e da “descodificação”, iniciando-se unicamente pela letra ou pela sílaba ou pela palavra, pela frase ou, ainda, mesmo pelo texto, se tornará mecânico, porque tal método ou didática excluem a reflexão sobre a sociedade e o momento histórico em que estão inseridos. A cartilha, por exemplo foi considerada a vilã, responsável pelo fracasso de 50% dos alfabetizandos e, por decorrência, culpada pela evasão escolar. Muitos professores ficaram sem saber como agir, pois todas as estratégias de ensino indicadas pela “revolucionária” alfabetização versavam sempre sobre um mesmo horizonte, ou seja, limitavam-se ao domínio da correspondência da letra com o seu nome, através das atividades de nível pré-silábico, o qual utiliza palavras inteiras para explorar apenas os nomes das letras. Outro aspecto também condizente com o capítulo quatro é que a análise e síntese da palavra geradora, tem como objetivo levar o educando a descobrir que a palavra escrita representa a palavra falada, através da divisão da palavra em sílabas e apresentação de suas famílias silábicas na ficha de descoberta e, a seguir, junção das sílabas para formar novas palavras, levando o alfabetizando a entender o processo de composição e os significados das palavras, por meio da leitura e da escrita.
Deste modo, buscou-se superar o artificialismo e as práticas mecânicas dos métodos tradicionais de tal forma que o educando construísse e adquirisse conhecimentos.

Por: Edinete Mendes Carvalho


Nenhum comentário:

Postar um comentário