segunda-feira, 21 de setembro de 2015

ANÁLISE: Um estudo de caso com uma criança de dois anos e oito meses

Discente: Edinete M. Carvalho
Os Primórdios da Auto- Expressão: A Fase das Garatujas, de 2 a 4 anos é um período dos primeiros anos de vida, que são, provavelmente, os mais decisivos no desenvolvimento da criança. Durante esse período inicial, ela começa a estabelecer padrões de aprendizagem, atitudes e um sentido de si mesma como ser, tudo o que irá ter reflexos em sua vida inteira.
Embora a criança se exprima vocalmente muito cedo, seu primeiro registro permanente assume, com frequência, a forma de garatuja, por volta dos dezoito meses de idade. Esse primeiro rabisco é um importante passo no seu desenvolvimento, pois é o início da expressão que a conduzirá não só ao desenho e à pintura, mas também à palavra escrita. A forma como essas primeiras garatujas forem recebidas pode ter enorme importância em seu contínuo crescimento, apesar deque ele está no 1º período - Garatuja: fase em que a criança ainda não estabeleceu a função da escrita. Ela se representa através de riscos e rabiscos.
 A criança aqui mencionada ingressou este ano na escola e sua fala ainda é pouco compreendida. Está fazendo acompanhamento com um fonoaudiólogo. É uma criança que gosta de desenhar, sempre está com papel e lápis rabiscando desenhos. Mesmo assim me arrisquei e pedi para que fizesse a letra A. Ele, com muita propriedade, desenhou um gato e disse: miau, miau. Percebe-se que é através dos seus desenhos (garatujas) que ele estabelece e demonstra atitudes e autoafirmação, pois desenha o que sente vontade. Ao pedir para ele desenhar a mamãe, ele disse: “Nam não... vovô.” E assim foi com todos os desenhos: pedi para desenhar papai, e ele desenhou uma bola; e disse-me: “ô, ô a bola”. E assim foi fazendo com os demais desenhos, de forma livre; alguns pequenos, outros grandes, não obedecendo linhas nem espaço do papel. 

Pude perceber que uma criança nesta fase de desenvolvimento motor, não pode copiar um círculo, embora algumas sejam capazes de copiar uma linha. Com efeito, as garatujas não são tentativas de retratar o meio visual infantil. Em grande parte, os próprios rabiscos baseiam-se no desenvolvimento físico e psicológico da criança, não em alguma tentativa de representação. Foi perceptível também a forma prazerosa pela qual ele garatujava. Fazia festa após cada desenho feito, batia palmas e pulava. A mãe da criança mostrou-se bastante atenta para é constante ele garatujar em uma parede da sua casa.

Além de ficar atento ao desenho das crianças, é papel do professor criar um ambiente em que o desenho possa ser cultivado (Dois exemplos de atividades: Desenho na sombra e Criação com desafio). Quando possível, oferecer diversidade de materiais e suportes colabora para ampliar o repertório e estimula a viagem criativa da meninada. "A força que faz inventar os modos de desenhar, de jogar com a percepção, de brincar com linhas, formas e cores tem de ser potencializada pelo educador. Abrir esse espaço é mais do que simplesmente deixar fazer", acrescenta Miriam. É preciso instigar a competência simbólica, provocar o aluno a ir além e não apenas ensinar a ele regras práticas da figuração. Com isso, foge-se do controle rígido da representação, que faz os pequenos reproduzir de forma sistemática os modelos estereotipados.
Para Emília Ferreiro o processo cognitivo de construção de toda criança passa por níveis estruturais da linguagem escrita até que se aproprie da complexidade do sistema alfabético, no estágio de Filipe é o pré-silábico. "A invenção da escrita foi um processo histórico de construção de um sistema de representação, não um processo de codificação." (Emília Ferreiro)
Assim, a Psicogênese da Língua Escrita é uma abordagem psicológica de como a criança se apropria da língua escrita e não um método de ensino. Portanto, cabe aos profissionais da educação, fazer a transposição desta abordagem para a sala de aula, transformando os estudos em atividades pedagógicas.

REFERÊNCIAS:
LOWENFELD, Viktor - BRITTAIN. W. Lambert. Desenvolvimento da Capacidade Criadora. Editora Mestre Jou. São Paulo.

MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNESP. Caderno de formação: Formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização).

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Um comentário:

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