Mediante as
leituras do capítulo dois do livro: Alfabetização método sociolingüístico,
consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire, cujo autor do livro
é Mendonça. Neste capítulo Mendonça apresenta os resultados da pesquisa da
“Psicogênese da língua escrita’’ realizada pelas educadoras: Emília Ferreiro e
Ana Teberosky, sendo a pesquisa divulgada aqui no Brasil no ano de 1986. Sua
pesquisa descreve que o aprendiz formula hipóteses a respeito do código,
percorrendo um caminho que pode ser representado nos níveis pré-silábico,
silábico, silábico-alfabético e alfabético. A produção
apresentada nesta análise (Figura 1) fora da aluna Raíssa Angélica Santos
Ribeiro de três anos, onde nessa produção podemos perceber que a aluna esta no
primeiro nível das definições de Ferreiro e Teberosky, o nível pré-silábico, no
qual o aluno pensa que pode escrever com desenhos, rabiscos, letras, ou outros
sinais gráficos, imaginando que a palavra assim inscrita representa a coisa que
se refere.
Segundo a autora
do livro: Alfabetização em classes populares: Didática do nível pré-silábico
(1985), a didática do nível pré-silábico se caracteriza pela criação de um
ambiente rico de materiais e atos de leitura e escrita (...) não há seleção e
ordenação de letras ou palavras para vivenciar (...) as crianças tomam contato
com todas as letras e com qualquer palavra (...) alfabetizar-se é muito mais do
que manejar a correspondência entre sons e letras escritas. (p.5)
Pillar Grossi
(1985:15) diz que o nível pré-silábico é uma caminhada em dois
grandes trilhos paralelos: um deles é o reconhecimento de que letras
desempenham um papel na escrita e outro na compreensão ampla da vinculação do
discurso oral com texto escrito. A didática do nível pré- silábico visa, entre
outras coisas, a que a criança distinga imagem de texto, letras de números, e
que estabeleça macro vinculações do que pensa com o que se escreve, superando
critérios do pensamento intuitivo.
As pesquisadoras
Ferreira e Emília também ressaltam a importância de uma maior atenção por parte
do professor neste nível, onde deve se trabalhar os grafemas com seus
respectivos fonemas cuidadosamente para que o aluno não se confunda, e também
usar estratégias que facilite a vinculação do discurso oral com o texto
escrito, da palavra escrita com a palavra falada. O aprendiz descobre que a
palavra escrita representa a palavra falada, acredita que basta
grafar uma letra para se poder se pronunciar uma sílaba oral, só desta forma o
aluno passará para o nível silábico assim dando continuidade aos outros níveis.
Portanto podemos
concluir que neste nível a criança necessita de maiores cuidados do
alfabetizador, e é um processo que precisa ser detalhadamente trabalhado, com
atividades cabíveis para que assim o aluno possa avançar para a próxima fase
com sucesso.
Referência
MENDONÇA, Onaide
Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita:
contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNESP.
Caderno de formação: Formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos.
São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática
de Alfabetização).
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