quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ANÀLISE: Um estudo de caso com uma criança de três anos

Discente: Sara de Jesus Santos

Mediante as leituras do capítulo dois do livro: Alfabetização método sociolingüístico, consciência social, silábica e alfabética em Paulo Freire, cujo autor do livro é Mendonça. Neste capítulo Mendonça apresenta os resultados da pesquisa da “Psicogênese da língua escrita’’ realizada pelas educadoras: Emília Ferreiro e Ana Teberosky, sendo a pesquisa divulgada aqui no Brasil no ano de 1986. Sua pesquisa descreve que o aprendiz formula hipóteses a respeito do código, percorrendo um caminho que pode ser representado nos níveis pré-silábico, silábico, silábico-alfabético e alfabético. A produção apresentada nesta análise (Figura 1) fora da aluna Raíssa Angélica Santos Ribeiro de três anos, onde nessa produção podemos perceber que a aluna esta no primeiro nível das definições de Ferreiro e Teberosky, o nível pré-silábico, no qual o aluno pensa que pode escrever com desenhos, rabiscos, letras, ou outros sinais gráficos, imaginando que a palavra assim inscrita representa a coisa que se refere.

Segundo a autora do livro: Alfabetização em classes populares: Didática do nível pré-silábico (1985), a didática do nível pré-silábico se caracteriza pela criação de um ambiente rico de materiais e atos de leitura e escrita (...) não há seleção e ordenação de letras ou palavras para vivenciar (...) as crianças tomam contato com todas as letras e com qualquer palavra (...) alfabetizar-se é muito mais do que manejar a correspondência entre sons e letras escritas. (p.5)
Pillar Grossi (1985:15) diz que o nível pré-silábico é uma  caminhada em dois grandes trilhos paralelos: um deles é o reconhecimento de que letras desempenham um papel na escrita e outro na compreensão ampla da vinculação do discurso oral com texto escrito. A didática do nível pré- silábico visa, entre outras coisas, a que a criança distinga imagem de texto, letras de números, e que estabeleça macro vinculações do que pensa com o que se escreve, superando critérios do pensamento intuitivo.
As pesquisadoras Ferreira e Emília também ressaltam a importância de uma maior atenção por parte do professor neste nível, onde deve se trabalhar os grafemas com seus respectivos fonemas cuidadosamente para que o aluno não se confunda, e também usar estratégias que facilite a vinculação do discurso oral com o texto escrito, da palavra escrita com a palavra falada. O aprendiz descobre que a palavra escrita  representa a palavra falada, acredita que basta grafar uma letra para se poder se pronunciar uma sílaba oral, só desta forma o aluno passará para o nível silábico assim dando continuidade aos outros níveis.
Portanto podemos concluir que neste nível a criança necessita de maiores cuidados do alfabetizador, e é um processo que precisa ser detalhadamente trabalhado, com atividades cabíveis para que assim o aluno possa avançar para a próxima fase com sucesso.

Referência
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNESP. Caderno de formação: Formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização).


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