Discente: Verônica Nascimento
As pesquisas realizadas por Emília Ferreiro e Ana Teberosky (1999), marcaram a história do processo de alfabetização. Ferreiro realizou investigações científicas que deixaram clara a ideia de que a criança reflete sobre a escrita e reconstrói o código linguístico. Ela não propõe uma nova pedagogia ou um novo método, mas suas pesquisas deixam transparecer que o que leva o aprendiz à construção do código linguístico, não é o conhecimento das letras e das sílabas, mas a compreensão do funcionamento do código. Sua contribuição é essencial para que o educador repense todo o processo de ensino-aprendizagem, pois conhecendo os diversos níveis conceituais linguísticos da criança é possível criar atividades para que ela avance no processo de construção da escrita alfabética.
É necessário que entenda a escrita como uma representação simbólica da linguagem falada, e para que a criança aprenda realmente a ler e escrever ela precisa compreender não apenas o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa, graficamente, a linguagem. Levando em consideração o fato de que a criança reflete sobre a escrita e reconstrói o código linguístico, a alfabetização com cartilhas passou a ser questionada, pois apresenta sentenças isoladas sem significado, descontextualizadas, seguidas de uma lista de palavras escolhidas em razão de uma simples montagem silábica.
Segundo Ferreiro e Teberosky (1999), muito antes de iniciar no processo formal de aprendizagem da leitura e escrita, as crianças constroem hipóteses sobre o objeto de conhecimento. Antes de ler a palavra, a criança lê o mundo através de gestos, olhares, expressões facial, do cheiro, do tato, do olfato, ou seja, a partir da construção de sentidos e significados sociais e individuais, através dos quais ela elabora suas hipóteses com base em sua experiência de vida. As ideias que os alunos constroem sobre a escrita (hipóteses de escrita) são erros construtivos, necessários para que se aproximem cada vez mais da escrita convencional.
No livro "Psicogênese da Língua Escrita" Emília Ferreiro e Ana Teberosky descreve os níveis e as principais características das hipóteses sobre a linguagem escrita traçados pelas crianças. São estes:
É necessário que entenda a escrita como uma representação simbólica da linguagem falada, e para que a criança aprenda realmente a ler e escrever ela precisa compreender não apenas o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa, graficamente, a linguagem. Levando em consideração o fato de que a criança reflete sobre a escrita e reconstrói o código linguístico, a alfabetização com cartilhas passou a ser questionada, pois apresenta sentenças isoladas sem significado, descontextualizadas, seguidas de uma lista de palavras escolhidas em razão de uma simples montagem silábica.
Segundo Ferreiro e Teberosky (1999), muito antes de iniciar no processo formal de aprendizagem da leitura e escrita, as crianças constroem hipóteses sobre o objeto de conhecimento. Antes de ler a palavra, a criança lê o mundo através de gestos, olhares, expressões facial, do cheiro, do tato, do olfato, ou seja, a partir da construção de sentidos e significados sociais e individuais, através dos quais ela elabora suas hipóteses com base em sua experiência de vida. As ideias que os alunos constroem sobre a escrita (hipóteses de escrita) são erros construtivos, necessários para que se aproximem cada vez mais da escrita convencional.
No livro "Psicogênese da Língua Escrita" Emília Ferreiro e Ana Teberosky descreve os níveis e as principais características das hipóteses sobre a linguagem escrita traçados pelas crianças. São estes:
- Pré-silábica: A criança não estabelece vínculo entre fala e escrita; demonstra intenção de escrever através de traçado linear;
- Silábica: A criança começa a ter consciência de que existe alguma relação entre pronuncia e a escrita; começa a desvincular a escrita das imagens e os números das letras;
- Silábico-alfabética: criança muitas vezes escreve silabicamente, outras alfabeticamente. Aqui ocorre uma mistura da lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas.
- Alfabética: Nesta etapa a criança domina o código escrito, distinguindo letras, sílabas, palavras e frases.
Em uma sondagem feita com Saimon Levi de três anos e oito meses de idade, foi solicitado que escrevesse algumas palavras (Bola, Casa, Cachorro e Caio). Após analisar a atividade realizada e de acordo com o estudo do texto “Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização”, identificou-se que essa criança encontra-se na fase de Hipótese Pré-silábica, onde a criança supõe que a escrita é outra forma de desenhar ou de representar coisas e usa desenhos, garatujas e rabiscos para escrever.
Esta fase tem como características: escrever e desenhar tem o mesmo significado; não relaciona a escrita com a fala; acredita que coisas grandes têm um nome grande e coisas pequenas têm um nome pequeno.
Com a psicogênese da escrita proposta por Emília Ferreiro compreendemos que a criança não pode ser limitada, pois ela tem conhecimentos linguísticos superiores ao que imaginamos e a grande parte das crianças, desde pequenas, tem contato com a linguagem escrita através de livros, jornais, embalagens, placas, etc. E com esse contato as crianças começam a elaborar hipóteses sobre a leitura e a escrita. Podemos afirmar, através da leitura do livro e da atividade prática realizada, que a sondagem a escrita da criança é de suma importância, pois esta sondagem permite conhecer as hipóteses linguísticas da criança, de maneira que o professor esteja apto a fazer mediações que possibilitem a construção alfabética da escrita de maneira efetiva.
Referência
MENDONÇA, Onaide Schwartz; MENDONÇA, Olympio Correa de. Psicogênese da Língua Escrita: contribuições, equívocos e consequências para a alfabetização. In: UNESP. Caderno de formação: Formação de professores: Bloco 02: Didática dos conteúdos. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011. v. 2. p. 36-57. (D16 - Conteúdo e Didática de Alfabetização).
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